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Abril marrom alerta para prevenção e tratamento da cegueira

Abril marrom alerta para prevenção e tratamento da cegueira

Abril marrom / Cegueira
Fotos de Eren Li / Pexel

Em até 80% das pessoas que ficam cegas, no mundo, a situação poderia ser evitada, segundo a Organização Mundial da Saúde. Esse é o principal alerta do Abril Marrom, campanha para conscientizar sobre prevenção e tratamento da cegueira.

As condições que mais tiram a visão dos brasileiros são a catarata, o glaucoma, alterações no tamanho do olho, entre outras doenças, que podem ser evitadas ou tratadas, se identificadas no início. O médico oftalmologista Arnaldo Bordon, que é presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo, explica que a causa mais comum da cegueira em todo o mundo é uma complicação provocada pela diabetes: a chamada retinopatia diabética, que pode ser tratada.

“Em 2030, no mundo inteiro, nós vamos ter cerca de 670 milhões de pessoas com diabetes. Um terço dessas pessoas vão ter a retinopatia diabética, um terço vai ter cegueira pela retinopatia diabética. De um lado nós temos uma doença que tem um potencial muito grande de causar cegueira irreversível. Por outro lado, nós temos mecanismos de detecção e tratamento precoce, que evita isso em 95% dos casos”, afirma.

Um estudo internacional com participação da Universidade de São Paulo mostra que, em 2050, o mundo vai ter mais de 60 milhões de pessoas cegas e quase 500 milhões com deficiência visual moderada a severa. E é por isso, também, que especialistas recomendam a visita a um oftalmologista desde a infância, e em todas as fases da vida, para acompanhar a saúde dos olhos. A partir dos 40 anos, o ideal é ir uma vez por ano.

Como algumas doenças aparecem de forma silenciosa e não apresentam sintomas, é fundamental a análise de quem entende do assunto e pode detectar no começo. É o caso do glaucoma, provocado pelo aumento da pressão dos olhos, como explica o oftalmologista Arnaldo Bordon.

“No início da doença não dá nada, a pessoa enxerga bem, não tem nenhuma alteração. Como é uma doença que evolui devagar, a pessoa não vai percebendo. Quando ela percebe, a doença já avançou muito e aí não se consegue mais trazer de volta. No exame oftalmológico de rotina o médico mede a pressão dos olhos. Se essa pessoa tem algum familiar que tem a história de ter glaucoma, tem mais chance ainda de desenvolver glaucoma, do que uma pessoa que não tem histórico na família”, alerta.

Além das doenças tratáveis, existem aquelas que não têm cura, nem tratamento, e que acabam levando à cegueira sem chance de retorno — como é o caso das doenças raras e hereditárias da retina. Nesses casos, é preciso que a sociedade acolha essas pessoas, garantindo a elas independência e igualdade no acesso a serviços; além de uma vida saudável.

Fonte: Agência Brasil

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