Pessoas com deficiência têm menos acesso à educação, trabalho e renda, revela IBGE

Dados do IBGE mostram que a desigualdade ainda limita o acesso de pessoas com deficiência à educação, trabalho e renda.

Angelo Marcio C
3 min Read

Apesar dos avanços nas políticas públicas, os dados mais recentes do IBGE, adquiridos por meio da PNAD Contínua 2022 no módulo da Pessoa com Deficiência, mostram uma realidade alarmante: pessoas com deficiência têm menos acesso à educação, ao mercado de trabalho e à renda no Brasil.

A pesquisa revela desigualdades profundas que limitam o desenvolvimento pessoal e a autonomia dessa parcela significativa da população.

Educação: uma barreira que começa cedo

Segundo o levantamento, pessoas com deficiência têm taxas de escolarização mais baixas em todas as faixas etárias. Apenas 23,4% da população com deficiência de 25 anos ou mais concluiu o ensino médio, contra 53,2% das pessoas sem deficiência.

O acesso ao ensino superior também é desigual: apenas 7,5% das pessoas com deficiência possuem diploma universitário, enquanto entre os sem deficiência o índice chega a 21,7%.

Trabalho: exclusão que impacta a renda

Quando o assunto é mercado de trabalho, a disparidade persiste. Apenas 28,3% das pessoas com deficiência estão empregadas, enquanto a taxa entre pessoas sem deficiência é de 66,3%.

Além disso, a renda média das pessoas com deficiência é significativamente menor. Mesmo quando inseridos no mercado formal, muitos enfrentam salários mais baixos e funções subvalorizadas, revelando uma exclusão estrutural.

Inclusão ainda é um desafio urgente

Os dados do IBGE escancaram que a inclusão de pessoas com deficiência no Brasil ainda é uma tarefa pendente. A falta de acesso à educação de qualidade e a barreiras para a empregabilidade criam um ciclo de exclusão que limita a autonomia financeira e social dessas pessoas.

Garantir o cumprimento da legislação existente — como a Lei Brasileira de Inclusão e a Lei de Cotas — é essencial, mas também é preciso investir em mudanças estruturais na educação, no mercado de trabalho e na cultura social.

Enquanto não houver equidade de acesso à educação, ao emprego e à renda, não haverá inclusão plena.
A transformação precisa ser profunda e constante, baseada no respeito aos direitos humanos e na criação de oportunidades reais para todos.

Incluir não é apenas permitir entrar — é garantir condições para permanecer, crescer e prosperar.

Gráfico com dados resumidos do artigo

Com informações do IBGE

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